Mais um dia preenchido na cidade branca.
Monday, July 7, 2008
Saturday, July 5, 2008
A Possibilidade do outro?
É necessário utilizar o software VLC player, se não possui, faça o download aqui.
Depois de instalado o software à File > Open Network Stream escolha HTTP/HTTPS/FTP/MMS e insira o endereço http://giss.tv:8000/tavira01.ogg na url.
Thursday, July 3, 2008
PITCH - Berta Teixeira
Género artístico: Teatro
«Parede de Segredos» uma peça-instalação de poesia sendo na sua origem e metodologia um projecto transdisciplinar assume contornos de ênfase plástica e performativo-teatral com inequívocas potencialidades pedagógicas. A «parede» instalada é alcova, ponto de encontro e zona de fé. Ela é limite, canal de passagem e horizonte, ela impede e potencia: de objecto passa a sujeito porque accionada pelo espectador e/ou pelo actuante (re)trata temas humanos recorrentemente evocados na Vida e faz pulsar matéria inanimada. Objectivos artísticos: Exercício de uma estratégia de exclusividade na concepção do projecto, nomeadamente ao nível da escolha dos intervenientes e dos criativos; Conjugação dos percursos dos intervenientes; Tentativa de criar uma plataforma de entendimento/criação entre áreas disciplinares e temáticas autónomas, porém permeáveis à expressão e linguagem poética; Procura de uma lógica de dialogismo entre as linguagens e os intervenientes criativos; Construção de uma prática artística integral e integrante; Veicular um texto clássico em português; Partir de uma escrita poética, do teatro, da arquitectura, do vídeo, da matemática e da geometria procurando retrabalhar, através do jogo multimédia, a sua metalinguagem; Pôr em prática e explorar alguns pressupostos de jogo do actor, nomeadamente ao nível da utilização da voz e de uma linguagem global física. A proposta de «Instalar» poesia é a de convocar, pela interacção, conteúdos emotivos e simbólicos que extrapolam a presença do performer e a materialidade do objecto estético «parede» concebido a partir de princípios tão mais poderosos quanto mais abstractos. Reconfigurar a Humanidade é resgatar a função do poético nas suas constelações entre artes, ciências-saberes e tecnologias.
PITCH - Gonçalo Tocha
Género artístico: Performance
O CANTOR ROMÂNTICO ABANDONADO é o one man show de Gonçalo Tocha, inspirado pelos grandes cantores românticos do século passado, como Nino Bravo, Danny Daniel, José José, Júlio Igelsias, Roberto Carlos, Hermes Aquino ou Tony de Matos.Apresentado-se sozinho em palco, O Cantor assume a sua solidão e as suas falhas. O Cantor Romântico é um discurso sobre o amor que está quase mas não chega. O Cantor Abandonado por vezes engana-se, volta atrás nas músicas, altera as letras, acrescenta, fala com o público, e por vezes o público canta com ele. Mistura rock n´roll com fado, cançonetismo português com musica romantica. O Cantor é só, em frente de todos, uma guitarra e um teclado de criança, fato azul-marinho e botins pretos.O Cantor desaparece: “Quero te ter e não te tenho / e o Inverno é frio demais para nós dois / e depois o contrabando da carne / Vem sempre quando já é tarde.”
PITCH - Manuela Jorge (Klássikus)
Género artístico: Teatro
Projecto a estrear no final de 2009.
Diogo Alves foi um dos maiores criminosos de Lisboa, no início do século XIX. Uma das suas facetas mais macabras era lançar as suas vítimas do Aqueduto das Águas Livres para que não existissem testemunhas. Na altura pensou-se numa onda de suicídios, mas pouco tempo depois veio a verificar-se que era assassinatos cometidos por Diogo Alves.Um dos últimos condenados à morte, em Portugal. Pouco tempo depois é abolida a pena de morte.Texto original de Fernando Gomes, em forma de tragicomédia musicada.
PITCH - Paula Pinto
Género artístico: espectáculo transdisciplinar com ateliers de criatividade
Manifesto ID é uma iniciativa onde Arte e expressão artística são veículos para uma maior sensibilização ambiental e para a integração de um mundo sensorial de consciência ecológica e cívica.
Engloba a apresentação de um espectáculo intensamente sensorial e uma componente pedagógica e formativa em torno das técnicas criativas.
Espectáculo de movimento, música, vídeo, artes plásticas, expressão dramática, magia e gastronomia, onde artistas e públicos interagem.
Ambientes multimédia de projecções vídeo integrais, com a performance de duas intérpretes de dança contemporânea, um actor e uma cantora, as intervenções do artista plástico e a utilização de áudio e vídeo em tempo real.
Na convergência do espaço físico com o digital, são criadas animações visuais e sonoridades, unicamente através da voz e da expressão corporal, onde a tridimensionalidade dos objectos escultóricos, serve de contraponto. Através da criação de cenários a partir de materiais reciclados, contamos contribuir para uma maior sensibilização de temas ambientais como a valorização da reciclagem e a importância da preservação da água. Sendo a improvisação a estratégia principal de pesquisa das diversas áreas artísticas, o espectáculo Manifesto iD é uma obra em constante transformação e crescimento.
Atelier iDentidade - ‘Vamos fazer um espectáculo’
A Expressão Artística ao Serviço do Ser
Acreditamos que o essencial não é a acumulação indiscriminada de competências mas uma aquisição progressiva das que estruturam a capacidade de pensar por si próprio e de agir a partir da leitura dinâmica dos contextos. Este princípio, orientado para a prática, baseia-se numa lógica de formação do Ser que dá a possibilidade à criança de ir formando o sentimento de constituir uma identidade una e integral, aberta para a vida, para a aprendizagem e o saber, em relação permanente com o mundo.Os Ateliers iDentidade proporcionam à criança uma proximidade com os processos criativos e uma iniciação às artes e ofícios do espectáculo e contribuem para o desenvolvimento do Ser. As crianças são conduzidas através de um processo criativo de construção de um espectáculo, integrando as áreas de movimento, expressão dramática, vídeo, música e a construção de elementos cénicos e instrumentos musicais a partir de materiais reciclados, para que recebam desde cedo os princípios de educação cívica e ambiental.
PITCH - Teresa Vila Verde
Género artístico: Performance
Musical performance is typically understood and studied as a mere sonic event.
However, a live performance naturally adds a visual dimension that cannot be neglected by
musicians. My conviction is that this dimension is even more crucial in the reception of newmade music - an aspect that I expect to study with more depth in the future.
Now, to overcome the traditional visual impoverishment of the musical concert I started
exploring the theatricality in my musical performances. Here, “theatricality” is used in the sense described by the French theatre producer Antonin Artaud (1896-1948): it means to make use of the whole body (and not just of the hands) to play an instrument, and to employ adequate stage techniques like lighting, scenery or media to enhance the expressive theatrical (musical) message. As a result, I mixture written musical pieces with musical (and non musical) improvisation, body/gesture movements, acting, vocal effects, technological devices, and so forth. So, as the title suggests, it is at the interface between musicianship and performance artistry that I intend to focus my future artistic and academic paths.
To do this I chose the contemporary repertoire because it can more easily accommodate new perspectives around music-making and allow performers to stamp their personal ideas in a more creative manner. Additionally, new music is more acquiescent to be cross-fertilised with other elements, taken from other performing arts and technologies, and this represents an exciting field for those interested in experimenting with new paths for artistic and personal expression.
PITCH - Wagner Borges
Género artístico: Teatro / Performance
Sou eu que o digo. A possibilidade de recriação de várias identidades compõe um dos elementos mais estranhos ao ser - a ausência de ti, sobre a existência do outro: a partir do momento em que te colocas como elemento exterior, imediatamente a identidade que te vê já te é estranha. Todos nós somos compostos por várias semelhanças. Muitas vezes deparamo-nos com situações que nos obrigam a mudar a nossa forma de estar. Ser-estar. Ser-fazer. Ser-ser.
Três actrizes criam três identidades estéticas para uma única personagem – uma mulher que, na ausência de si mesma, vai ouvindo a sua própria voz como vazio, o exercício da sobrevivência.
Tu - nada ou tudo, mulher que ri, que está silenciosa, tudo por um amor, fui escolhida para, ela é, a pessoa que dá a cara não é verdade. É uma sombra atrás do pano. A sombra de uma simples, eterna e irrisória ausência.
Um texto. Três vozes. Seres. Corpos.
No desabitado de si mesmo.
Onde começa a ficção e acaba a realidade?
Quem está exposta, a actriz ou a personagem?
O que é memória ou não?
É um jogo? Fui escolhida para… Fica no sofá.
Não se pode dizer nada disso.
Elas vivem no palco umas das outras.
E quem somos nós, que as vemos?
Não ser ninguém.
Em cada noite, uma actriz diferente.
Um monólogo diferente.
O trabalho pretende que em cada noite possamos assistir a um espectáculo diferente, tendo em conta premissas sempre iguais: o texto e o tempo de acção. Contudo, a cada noite, a actriz escolhida terá que resolver o seu problema, uma vez que o espaço cénico é outro (alterado pela actriz da noite anterior) bem como haverá pistas deixadas pelas outras actrizes (que não estarão presentes), as quais terá que resolver. E como o fará, diante de um público? Tem ainda como objectivos revelar ao espectador, simplesmente, uma expressão da contracena, nas vertentes actor-actor e actor-público e explorar as ressonâncias, que surgem dos processos de repetição,estruturantes da composição, tendo em conta o real do momento e a surpresa do imprevisto: um território constante de renascimento no binómio mulher-actriz.
SEGUNDO DIA DA FORMAS
Quinta-feira, 3 de Julho.
Tavira acorda sob altas temperaturas para o segundo dia do evento.
No dia mais preenchido do calendário, com nove espectáculos em seis locais diferentes, foi possível acompanhar a FORMAS desde as 11h da manhã até quase às 02h da madrugada de Sexta.
Quinta foi também dia da acção de Pitching.
Artistas vários juntaram-se no convento para apresentar algumas propostas suas e trocaram experiências entre si e com alguns consultores artísticos num workshop cujo objectivo era justamente, preparar os artistas para apresentar os seus projectos da melhor forma possível.
O segundo dia da FORMAS foi uma maratona fantástica!
O ESPAÇO DE ENCONTRO ENTRE TODOS
A FORMAS assentou bagagens na Pousada do Convento da Graça em Tavira e aproveitou a Sala Conventual (antiga Igreja da Graça) para fazer um espaço original de encontro entre artistas, criadores, programadores e produtores. O Espaço Pro-Formas tem sido nestes dias o grande ponto de referência, com instalações de companhias e instituições parceiras da FORMAS, espaço lounge e de tertúlia, zona para coffee-break e muita informação sobre projectos e ideias. É também o palco para a apresentação dos projectos da sessão de Pitch. Aqui, o antigo e o novo conjugam-se.
Wednesday, July 2, 2008
MATARILE ABRE A 1º EDIÇÃO DA FORMAS
O primeiro espectáculo da FORMAS - Feira de Artes Performativas de Tavira aconteceu no claustro da Pousada do Convento da Graça, onde estão concentradas as actividades dos profissionais inscritos na Feira. Após a abertura oficial, em que falaram Nuno Ricou Salgado (director da FORMAS), Elsa Cordeiro (vereadora da cultura da CM Tavira) e Jorge Queirós (chefe do departamento de cultura da Câmara), as portas foram abertas também ao público, que esteve presente em bom número.
Matarile Teatro é uma das mais antigas e importantes companhias de teatro da Galiza. A última criação da encenadora Ana Vallés, "Animales Artificiales", é uma reflexão que sobre a relação entre a artificialidade das convenções humanas e o mundo animal que ainda habita em nós. O claustro foi o palco perfeito para uma actuação plena de originalidade e movimento.
JOSÉ MANUEL SANTOS E FRANCISCO MOTTA VEIGA
A sessão de trabalho que precedeu a apresentação de projectos na sessão de Pitching preencheu todo o dia 2 de Julho. A formação dada aos criadores que apresentaram projectos no dia seguinte foi dada pelo Francisco Motta Veiga (programador cultural) e José Manuel dos Santos (chief design officer da Innovagency), que foram inexcedíveis no apoio prestado. O objectivo desta acção foi de fornecer as noções e ferramentas necessárias para que se possam transmitir ideias, projectos e conceitos.
O conceito de Pitching foi "importado" da área do cinema e do audiovisual e consiste na apresentação oral curta de projectos em fase de montagem ou lançamento.
Na primeira edição da FORMAS, foram apresentados seis projectos, pelo que seis foram também os participantes do workshop. O objectivo é ter, em edições futuras, cada vez mais criadores a perceber e aderir ao formato do Pitch. Acreditamos que a dinamização do mercado da cultura depende também da capacidade de os seus agentes se auto-promoverem. O Pisa-Papéis e a FORMAS surgiram precisamente porque essa é uma necessidade efectiva.
Participantes do Pitch na FORMAS 2008:
Berta Teixeira
Gonçalo Tocha
Manuela Jorge
Paula Pinto
Teresa Vila Verde
Wagner Borges